Fichamentos


Universidade de Brasília
Aluna: Iara Farias                 Matricula: 11/0121431
Disciplina: Praticas Mediáticas na Educação

Fichamento:
VALENTE, José Armando; ALMEIDA, Fernando José de Almeida. Visão analítica da informática na educação no Brasil: a questão da formação do professor. Revista Brasileira de Informática na Educação n.1, setembro de 1997. p. 45-60.
Resumo:
Os autores tratam no texto sobre a introdução de computadores nas escolas. Nesse sentindo ressaltam a importância não somente de incluir o computador em sala de aula, mas de se repensar a estrutura escolar de uma forma geral. Pontua que a inserção dos computadores nas escolas dos Estados Unidos foi alavancada pelo desenvolvimento tecnológico, sendo deixada de lado a proposta pedagógica. Já a França foi o primeiro país ocidental que se preparou para a inserção da informática na educação. No Brasil essa inserção teve inicio na década de 70 e foi fortemente influenciada pelos países acima citados, mas só teve sua implantação no ano de 1981. No decorrer do texto traz comparações entre o programa adotado pelos brasileiros, os franceses e os norte americanos.  Tendo como foco o Brasil, aborda a formação dos professores para a utilização da informática em sala de aula, ressaltando seus pontos negativos como, por exemplo, a falta de um ambiente favorável à implementação da informática no contexto da sala de aula.
Principais citações do texto:
“A informática na Educação no Brasil nasce a partir do interesse de educadores de algumas universidades [...].”
“As mudanças tecnológicas [ nos Estados Unidos] são fantásticas e palpáveis mas não tem correspondência com as mudanças pedagógicas.”
“A implantação da informática na educação [ francesa] foi planejada em termos de publico alvo, materiais, software [...]. Neste planejamento os dirigentes franceses julgaram ser fundamental a formação, antes de tudo, de sua inteligência-docente.”
“As praticas pedagógicas inovadoras acontecem quando as instituições se propõem a repensar e transformar a sua estrutura cristalizada em um estrutura flexível, dinâmica e articuladora.”
“No nosso caso, o êxito não é maior por uma serie de razões, desde a falta de equipamento nas escolas e, portanto, a falta de um maior empenho na introdução da informática na educação, até um processo de formação de professores frágil e lento.”
“A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, entende por que e como integrar o computador na sua pratica pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Essa pratica possibilita a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno.”
Comentários:   
De acordo com o que foi dito pelos autores e ainda com base em algumas experiências pessoais fica claro que a inserção da informática nos processos de ensino-aprendizagem ainda demanda muita atenção dos órgãos competentes, das escolas e dos próprios docentes. Atualmente é impossível deixar a sala da aula alheia às inovações tecnologias. Mas a cautela com a utilização dessas tecnologias, em especial da informática, no contexto da sala de aula deve existir. Para que não se caia no erro que é pontuado pelo autor de simplesmente “informatizar” aquele ambiente, deixando de lado o uso do computador como um recurso importante para a construção do conhecimento. E para que isso corra de forma efetiva e produtiva a formação do docente para a utilização eficaz desses recursos, deve ser feita de forma completa, para que ele – o docente - se sinta habilitado para utilizar esses recursos como uma arma pedagógica.
Questionamentos:
Ø  Qual a forma mais eficaz na utilização dos computadores em sala de aula?
Ø  A formação dos professores é um ponto fundamental, como prepara-los? E como lidar com aqueles que possuem certa “resistência” a utilização desses recursos na sala de aula?
Ø  Como que a  escola, que tem como principal característica o tradicionalismo, deve “reagir” diante da tentativa de inserção dessas recursos em suas salas de aula?

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